19/01/2010

Voltaremos em breve!

(ou não)

31/12/2009

100 filmes da década para assistir antes de morrer PARTE I

A década nova só começa em 2011, mas todo mundo – por algum motivo – está antecipando essas listas dos melhores, né?

O cinema da primeira década do século XXI não trouxe muita coisa nova. Por exemplo, os últimos efeitos especiais que nos fizeram babar realmente foram os de Matrix (1999). De lá para cá, nada nos chamou uma real atenção. Talvez, a grande surpresa da última década foi o relativo sucesso do cinema nacional. Vale salientar, também, um boom dos filmes de animação, destinados ás crianças, mas que cativaram muitos adultos.

Mesmo assim, ótimos filmes foram produzidos ao longo desses dez anos. Danielle Luciano, Fábio Roccini, Gabriel Felipe e eu, Rafaela Freitas, preparamos uma singela lista dos 100 filmes da década que todos devem assistir antes de morrer. Não iremos numerar a lista, pois a ideia aqui não era criar um ranking.
  •  Avatar (EUA, 2009. Direção e roteiro: James Cameron)

Avatar quase não entrou na nossa lista, mas foi salvo pelo nosso dead line atrasado. A história é legal, mas o que está em jogo no novo filme de James Cameron são os efeitos especiais. O filme, que foi rodado com câmeras especialmente desenvolvidas para essa produção, pode ser assistido em 2D e 3D.
  • A série Harry Potter, Crepúsculo e Lua Nova (2001-2009)
Podem falar mal, achar chato e/ou bobo. Uma coisa é ter sucesso, outra é ser fenômeno. Harry Potter e a saga vampiresca lotam salas de cinema de crianças e adolescentes descontrolados e inflamam o mercado editorial, já que são baseados em best-sellers.
  • A trilogia d’O senhor dos anéis (EUA, 2001, 2002,2003. Roteiro: baseado no livro de J.R.R. Tolkien. Direção: Peter Jackson)
Também baseados em Best-seller, os três filmes lotaram os cinemas de crianças, adolescentes e adultos igualmente descontrolados.


  • Filmes de animação como A fuga das galinhas, Madagascar, Shrek, A Era do Gelo.





  • Lembrando que A Era do Gelo 3 foi o filme mais visto no Brasil em 2009.
    Falando em Brasil, o cinema nacional nunca esteve tanto em evidência quanto agora. Principalmente quando o assunto é violência- favela- Rio de Janeiro.



  • Cidade de Deus (Brasil, 2002, Roteiro: Bráulio Mantovani e adaptação do livro de Paulo Lins. Direção: Fernando Meirelles e Kátia Lund).  


  • Eis que um filme sobre o processo de favelização do Rio de Janeiro vira um videoclipe de duas horas e ganha, merecidamente, status de arte. “Sua? A boca é nossa!”

    César Charlone/ Divulgação




  • Tropa de Elite (Brasil, 2007, Roteiro: Rodrigo Pimentel, Bráulio Mantovani e José Padilha. Direção José Padilha)


  • “Pede para sair, zero dois”, “faca na caveira”, “bota na conta do papa”, “ganhou não, filha da puta; perdeu!” e tantas outras frases ditas pelo Capitão Nascimento e demais soldados do BOPE farão parte de nossas vidas para todo o sempre.

    David Prichard /Divulgação


    A última década deu destaque à boa safra de atores e diretores nacionais.Outros bons filmes nacionais que você deve assistir antes de morrer:: Abril despedaçado, Lavoura arcaica, O homem do ano, Amarelo Manga, O auto da compadecida, O Cheiro do Ralo, O ano em que meus pais saíram de férias, Lisbela e o Prisioneiro, Cidade Baixa, Carandiru e O invasor



    A narrativa não-linear (quando o enredo não possui sequências cronológica, espacial e psicológica... “lógicas”) foi um recurso muito usado e abusado pelos cineastas do século XXI - muito provavelmente inspirados no grande Orson Welles (Cidadão Kane, 1941) e no cinema pop de Quentin Tarantino (Cães de Aluguel e Pulp Fiction, nos anos de 1990).
    No já citado Cidade de Deus, Fernando Meirelles e Kátia Lund lançaram mão da narrativa não-linear. Três anos depois, Meirelles reutilizou o recurso no seu belíssimo filme norte-americano O Jardineiro Fiel (EUA, 2005, direção: Fernando Meirelles. Roteiro: Jeffrey Caine e John Le Carré).
    Outros filmes não-lineares que você deve assistir antes de morrer
    • Efeito Borboleta (EUA, 2004. Roteiro e Direção: Eric Bress e J. Mackye Gruber)
    Tão não-linear como os princípios da Teoria do Caos que basearam o seu roteiro. Estrelado por Ashton Kutcher, Efeito Borboleta virou filme cult, conquistou milhares de fãs e abriu espaço para discussões filosóficas. Pegando carona no sucesso do primeiro, outros dois filmes da série foram produzidos. Mas para manter a aura da obra-prima que foi o primeiro, não indicamos os dois últimos filmes nem para os nossos piores inimigos.
    • Kill Bill 1 e 2 (EUA, 2003 e 2004. Roteiro e direção: Quentin Tarantino)

     Orson Welles deu os limões, Quentin Tarantino fez limonada e caipirinha. Depois da série Kill Bill, Tarantino se transformou em referência estética da cultura pop e será execrado caso faça um filme apenas “bom”. Kill Bill 3 vem ai, em 2014 e aguardaremos o seu nome na lista dos melhores filmes a ser publicada aqui, em 2019.


  • Donnie Darko (EUA, 2001. Roteiro e direção: Richard Kelly)



  • Segredo para ser um cult: filme com baixo orçamento que conta uma história insana. Taí, Donnie Darko, pessoal!



  • 21 gramas (EUA, 2003. Roteiro: Guillermo Arriaga. Direção: Alejandro González-Iñárritu) e Babel (EUA, 2003. Roteiro: Guillermo Arriaga. Direção: Alejandro González-Iñárritu)



  • Nesses dois filmes, Arriaga e González-Iñárritu fazem historinhas diferentes se entrelaçarem. Assim como fez em “Amores Brutos”, que iremos citar na próxima lista a ser publicada por aqui.

    • Crash – No Limite (EUA, 2005. Roteiro: Paul Haggis e Robert Moresco. Direção: Paul Haggis)
    Outro filme de histórias e vidas se cruzando. Bateu o favorito O Segredo de Brokeback Mountain e venceu o Oscar de melhor filme em 2006.
    • Adaptação (EUA, 2002. Roteiro: Charlie Kaufman, baseado no livro de Susan Orlean. Direção: Spike Jonze)
    O filme conta a história fictícia de um personagem real: do roteirista do próprio filme, Charlie Kaufman.
    • Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (EUA, 2004. Roteiro: Charlie Kaufman Direção: Michel Gondry)

    Outro filme com roteiro de Charlie Kaufman – mas dessa sem contar a sua história. Jim Carey está no filme e, pela primeira vez, sem fazer papel de bobo.

    Menções honrosas: Ainda no final do século passado, em 2000, Christopher Nolan dirigiu o sensacional Amnésia, filme contato de trás para frente. Em 2002, outro filme que seguiu a mesma ideia foi francês Irreversível que será citado na parte dois desta lista.


    TO BE CONTINUED...


    30/12/2009

    Mensagem da síndica


    Desculpem-me pelo sumiço, pessoal!

    Mas é que, por algum motivo ainda não explicado, o site do Blogger/Blogspot não está disponível para alguns internautas. Tive que adicionar o DNS do Google para poder atualizar o Eu, Pop!

    Preparamos uma lista dos 100 melhores filmes da década. Postaremos todos os títulos (espero!) até amanhã.
    Obrigada.

    21/12/2009

    "Milagre Anarquista": Rage Against tem single mais vendido no Natal

    Killing in the name, um dos clássicos do Rage Against The Machine (RATM), foi o single mais baixado no iTunes e se tornou o número 1 do Natal do Reino Unido.

    A vitória só foi possível através da campanha RATM4Xmas (RATM para o Natal), iniciada no Facebook por um casal de fãs. A ideia da campanha era desbancar a hegemonia do programa de talentos The X Factor, uma espécie de American Idol britânico, que há 5 anos vem colocando seus vencedores no topo dos singles de Natal.

    Killing in the name vendeu 50 mil cópias a mais do que Joe MacElderry, o vencedor do The X Factor e favorito para levar o single de Natal. O dinheiro das vendas dessas mp3's será doado para uma instituição de caridade.

    A campanha teve adesão maciça nas redes sociais. Depois do Facebook, o guitarrista do Rage Against, Tom Morello, ajudou a popularizar a "missão" no Twitter, onde as ocorrências "RATM4Xmas" e "Rage Against The Machine" ficaram, por muito tempo, nos Trading Topics.
     
    Ontem, 20 de dezembro, após o anúncio da vitória, Zack de la Rocha,  vocalista da banda, prometeu recompensar os fãs britânicos com um grande show gratuito no Reino Unido. O famoso jurado Simon Cowell, do The X Factor, reconheceu a derrota de MacElderry, mas classificou como "estúpida" a campanha RATM4Xmas. Já Tom Morello, em seu Twitter, disse que a vitória foi um "milagre anarquista de Natal".

    Tom Morello deixou um recadinho para vocês:



    Com pelo menos 16 "foda-se" e um "filha da puta", Killing in the name, assim como grande parte das músicas do RATM, possui letras com inflamados discursos políticos contra o sistema. Gravada em 1992, agora também é trilha sonora natalina. O maior milgare e a maior ironia anarquistas do ano. Feliz Natal, motherfuckers!

    20/12/2009

    Brittany Murphy morreu, diz TMZ

    O site de fofocas TMZ matou a atriz Brittany Murphy. E se tem uma fonte super segura quando se trata de morte de celebridades, é o TMZ, que furou a CNN e matando Michael Jackson primeiro. A atriz, que tinha 32 anos, teria sofrido uma parada cardíaca. De acordo com o TMZ, o 911 recebeu o pedido de socorro às 8h, no horário local de Los Angeles (EUA). Brittany foi encontra insconsciente, debaixo do chuveiro, pela mãe dela. A atriz foi levada ao hospital, onde foi declarada morta.




    Curiosamente, há menos de um mês, o marido de Brittany Murphy, o roteirista Simon Monjack, foi atendido pelo 911 quando passava mal em um Aeroporto de Los Angeles. Ele teria sofrido uma parada respiratória. O site TMZ divulgou o áudio da ligação.

    Brittany Murphy começou sua carreira no seriado Blossom, mas ficou famosa pelo papel da ingênua Tai, em "As patricinhas de Bervely Hills". Ela também fez parte do elenco de "Garota Interrompida", "8 Mile", "Recém-Casados", "Grande Menina, Pequena Mulher" e "Sin City".
    O seu último trabalho foi o ainda inédito "Os mercenários", filme com Stallone e Schwarzenegger que estreia em 2010 e também conta com a participação da atriz mexicana, radicada no Brasil, Gisele Itié.

    16/12/2009

    Já saiu o trailer de "Alice no País das Maravilhas"

    A Disney divulgou hoje mais um trailer do novo filme do Tim Burton, "Alice no país das maravilhas".

    Com Johnny Depp e Anne Hathaway, o filme tem estreia marcada para 5 de março de 2010, nos EUA e 16 de abril, no Brasil. O papel principal ficou para a atriz Mia Wasikowsk, após Frances Bean Cobain (filha de Kurt e Courtney Love) recusou o papel oferecido por Burton.

    Enquanto abril não chega, vamos de trailer, folks.

    De Kraftwerk a BEP, por aí!

    Black Eyed Pears sempre com clipes batidas legais. Mas confesso que não entendi qual foi a de Bum bum pow. Achei tudo muito Kraftwerk demais. Tudo muito 1980 demais.

    Para começar, alguém tem que lembrar o will.i.am de que voz robotizada causava frisson na época do Kraftwerk, lá para 1977, por aí, mas já saiu de moda depois que Daft Punk abusou do efeito na longínqua década de 1990.




    E o clipe? Essa temática “realidade virtual” e os efeitos óbvios de computação gráfica? Kraftwerk faz melhor, hein? E desde 1977.




    Em tempo: O Kraftwerk completará 40 anos de idade em 2010. E de acordo com a Rolling Stone, a banda tem planos para um novo disco de estúdio. Aguardaremos, já que os hiatos do Kraftwerk, entre um disco e outro, são grandes (o último já dura mais de 6 anos).

    25/11/2009

    Ingressos para Cranberries à venda; confira os preços

    E os ingressos para os shows do Cranberries no Brasil começaram a ser vendidos hoje. A pré-venda vai até o dia 3 de dezembro de 2009. Durante esses dias, apenas clientes da Credicard, Diners e Citibank poderão comprar as entradas,
    A partir do dia 4 de dezembro,  as vendas serão liberadas nos pontos de vendas credenciados e bilheterias das casas de shows.

    Rio de Janeiro

    Local: Citibank Hall - Rio de Janeiro

    Data: 28/01/2010

    Horário: 21h30

    Classificação: 15 anos

    Preços:

    Camarote R$250 (inteira), R$125 (meia);

    Pista: R$160 (inteira); R$80 (meia);

    Pista Premium: R$300; R$150 (meia)

    Poltrona: R$200, R$100 (meia).

    Mais i nformações aqui 

     

    São Paulo

    Local: Credicard Hall

    Classificação: 16 anos (adolescentes de 14 e 15 anos, só acompanhados pelos pais);

    Data: 29/01/2010

    Horário: 22h

    Preços:

    Camarote setor 1 – R$300 (inteira); R$150 (meia);

    Camarote setor 2 – R$250 (inteira); R$125 (meia);

    Pista normal – R$180 (inteira); R$ (meia);

    Pista Premium – R$300 (inteira) ; R$150 (meia);

    Platéia superior 1 – R$ 140 (inteira); R$70 (meia);

    Platéia superior 2 – R$120 (inteira); R$60 (meia);

    Platéia superior 3 – R$100 (inteira); R$60 (meia).

    Mais informações aqui

     

    Belo Horizonte

    Local: Chevrolet Hall

    Classificação: 16 anos

    Data: 31/01/2010

    Horário: 20h

    Preços:

    Pista/Arquibancada R$140 (inteira); R$70 (meia)

    Mais informações aqui 

     
    Porto Alegre

    Local: Pepsi On Stage

    Classificação: 14 anos

    Data: 03/02/2010

    Horário: 21h30

    Preços: *

    Camarote: R$300

    Mezzanino: R$200

    Pista: R$90

    Mais informações aqui 

     
    *No site da Ticketmaster não há informações sobre meia-entrada para o show de Porto Alegre

    20/11/2009

    Confirmado! Cranberries no Brasil em 2010!

    Os rumores  foram confirmados! A Reunion Tour do Cranberries vai mesmo passar pelo Brasil. De acordo com o site oficial da banda, estão agendados shows no Rio de Janeiro (28/01), São Paulo (29/01), Belo Horizonte (31/01) e Porto Alegre (03/02).




    A turnê na América Latina terá início no dia 26 de janeiro, com uma apresentação no Chile. Depois do Brasil, a banda segue para Argentina, Peru, Venezuela e México. Em março, a banda finaliza a tour na Europa. Atualmente, o Cranberries está na correria, excursionando pela América do Norte. O set list? Como um bom revival, só clássicos. Clique aqui e veja as músicas que foram tocadas no show de 3ª feira passada, na Filadélfia.


    O Cranberries, para quem não sabe, deu uma “pausa” em suas atividades em 2003. A banda, que estava na ativa desde 1990, jamais tocou no Brasil. Dolores, no entanto, já apresentou seu show solo no país. Em entrevista ao The New York Times, reproduzida pelo site do UOL, a vocalista diz que a banda não tem pressa em gravar um novo álbum e que a atual turnê seria uma forma de comemorar o 20º aniversário do Cranberries.

    Os anos 90 voltaram!

    Dolores O'Riordan e os demais integrantes da formação original desembarcam no Brasil dois meses após o Faith No More realizar o seu revival The Second Coming Tour, nas mesmas quatro cidades onde Cranberries irá trocar.

    Assim como o Cranberries, o Faith No More também comemora, em turnê, um 20º aniversário: o do lançamento do clássico The Real Thing, terceiro disco da banda (o primeiro com o vocalista Mike Patton) que faria o sucesso da banda.

    Se esses revivais são mesmo para comemorar aniversários ou se são caça-níqueis, pouco importa para os fãs. Se a banda continua afiadíssima no palco fizer valer cada centavo do ingresso com uma volta cheia de dignidade, por que não?

    Mais informações sobre o show do Cranberries no Brasil

    28/01/10 – Rio de Janeiro - Local: Citibank Hall

    29/01/10 – São Paulo - Local: Credicard Hall

    31/01/10 – Belo Horizonte - Local: Chevrolet Hall

    03/02/10 – Porto Alegre - Local: Pepsi On Stage

    As vendas começam dia 25/11/2009. Os preços dos ingressos ainda não foram divulgados

    Enquanto 2010 não chega, "bora" ver o que só os norte-americanos e canadenses viram.
    (Primeiro show da atual turnê do Cranberries)


    RIP, Herbert Richers!

    Morreu Herbert Richers. O responsável pela dublagem dos nossos desenhos e filmes favoritos. Quem, que quando criança, nunca arriscou seu inglês repetindo “versão brasileira Herbert Richers”?


    11/11/2009

    Resenha: Faith No More em Belo Horizonte (09/11/2009)

    O Faith No More encerrou no último domingo, em Belo Horizonte, a sua passagem pelo Brasil. Depois de quatro shows (Porto Alegre, no dia 3; Rio de Janeiro,  dia 5; São Paulo, dia 7; e Belo Horizonte, 9 de novembro), a impressão que ficou foi a de que a banda jamais deixou de ter aquela vibe de 1991, quando fez história no Rock In Rio II.
     
    Foto: Rafaela Freitas

    Mike Patton e Billy Gould (ao fundo) durante show fo Faith No More em Belo Horizonte

    O Chevrolet Hall não estava completamente lotado, mas o público pagante do Faith No More talvez tenha sido um dos melhores em um show internacional de rock na casa. Três tentos.  A acústica do ginásio – que não costuma ser boa – não comprometeu dessa vez, embora, em certas músicas, a guitarra do Jon Hudson parecesse estar mais alta do que os demais instrumentos. Pelo menos, não houve qualquer indício de microfonia. Avance duas casas.

    No lugar e na hora errados estava a banda mineira monno (assim, em caixa baixa), que, musicalmente falando, nada tinha a ver com a banda principal da noite. Não empolgaram o público, afinal, a noite era do FNM. Só deles. Volte para o início.

    Eram quase 21h quando as luzes se apagaram. Celulares e câmeras em mãos. Era o Faith No More indo para o palco. O público tentava adivinhar qual seria a música de abertura: Reunited ou a instrumental Midnight Cawboy? Foi a segunda. De acordo com o setlist “padrão”, a próxima música seria From Out Of Nowhere e todos já estavam preparados para cantar com Mike Patton pela primeira vez. Eis que o bumbo da bateria de Mike “Puffy” Bordin anunciava a primeira surpresa da noite: The Real Thing, música que tinha sido cortada dos últimos setlists. Gol do Faith No More. E que golaço! O público começou a vibrar, a chorar e se abraçar. Pelo jeito, The Real Thing é a música favorita de muita gente, e não só dessa pessoa que vos escreve.

    O público não cantava, mas gritava cada palavra deThe Real Thing. Em seguida, mais duas porradas: Land of Sushine e Caffeine. Mas não antes de Mike Patton se dirigir pela primeira vez ao público, dizendo, em português: “Boa noite, Horizonte... Belo!”. Para descansar, uma baladinha. Mike Patton, aproveitando a derrota do Atlético-MG para o Flamengo, fez questão de “dedicar” a versão em português de Evidence, ao time de coração do seu grande amigo Paulo Junior (baixista do Sepultura), que também estava no show. Em português, disse, ironicamente, “tristeeeeza”, arrancando risadas não só de cruzeirenses, como também de atleticanos. Afinal, não dá para ficar “de mal” do Psicopatton.

    O primeiro grande mosh foi formado em seguida: Surprise! You're Dead!. Para acalmar um pouco os ânimos, uma menos pauleira: Last Cup of Sorrow (cujo clipe é baseado no filme Vertigo, de Alfred Hitchcock).  Graças aos chilenos, o Faith No More adicionou a sensacional Ricochet, do álbum “loucão” King for a Day... Fool for a Lifetime, aos setlists da tour sulamericana, inclusive o de BH.

    Roddy Bottum dedilha no teclado o famoso cover do Lionel Ritchie e The Commodores, Easy. O público cantou com eficiência, mas nada de histeria. De fato, era um show só para fãs, que não costumam morrer de amores por essa música. Ao contrário de Epic, que foi esbravejada por todos, com muito gosto.

    Em seguida, outra pauleira: Midlife Crisis, com direito à galera cantando sozinha o refrão. Na pausa, Mike Patton perguntou se o público queria ouvir “Like a Virgin” da Madonna. Recebeu um sonoro “NÃÃÃOO”, infelizmente (Vão me dizer que não ia ser demais?).

    Mais um momento relax. Patton pega um chocalho para tocar durante a “bossa-nova” Caralho Voador, emendando com a música "Ela é Carioca". Ao contrário do “Ela é Paulista”, em São Paulo, Mike não arriscou um “Ela é mineira”. Hora de  The Gentle Art of Making Enemies e mais alguns moshes. 


    King for a Day anunciava não só o fim iminente do show, como também os primeiros gritos coletivos de “Porra, Caralho!” promovidos pelo incansável Patton. Até que, em Ashes to Ashes, o “Porra, Caralho” do público funcionou como uma espécie de sample. A banda começou a se despedir. Patton diz que aquele era o último show que o FNM faria no Brasil. Não sabendo se ele se referia à atual turnê ou se era um aviso de que a banda não iria mais continuar na estrada após The Second Coming, o público não perdeu tempo e gritou outro sonoro “Nãããoooo”, arrancando risadas do vocalista que, em português, finalizou “É verdade!”.

    Tocaram Just a Man. Durante oito minutos, Patton orquestrava coreografias com o público. Saíram do palco. Depois de menos de cinco minutos de gritos de “Porra, Caralho”, “Faith No More” e “Falling to Pieces”, a banda retorna ao palco para tocar Stripsearch, com direito à abertura de Chariots Of Fire e mais sample com palavrão. Fecharam a noite com a outra surpresa: Mark Bowen, raramente tocada nesta tour. O programado segundo bis, com a clássica We care a lot, não veio. Informações não confirmadas dão conta de que o tempo do show estava para ultrapassar o que havia sido combinado no contrato com a casa de shows. Dessa forma, a banda não pôde voltar para se despedir do público pela última vez. 


    Em suma: foi um show fantástico. A banda continua com o mesmo fôlego de antes. A cozinha de Billy e Puffy funciona de forma impecável e brutal. O teclado de Roddy emociona (quem não arrepia naquele final de Epic?). Jon Hudson, único integrante que não estava na banda durante a formação clássica que tocou no Brasil em 91 e 92, pode não ser o guitarrista favorito dos fãs - que preferem o “Big” Jim Martin -  mas é um cara muito simpático e mostrou competência nos riffs e solos. E sobre o Mr. 1000 Voices Psicopatton, só se pode dizer uma coisa: existem bons vocalistas, existem frontmen, existem showmen e, em última instância, existe Mike Patton. Um cara tão inclassificável (e genial) quanto o próprio Faith No More.











    O grande pesar dessa mini-tour brasileira foi que a banda deu a entender que The Second Coming trata-se de um projeto passageiro. Apesar de alguns “maybes”, a possibilidade de continuarem na estrada e gravarem novos trabalhos parece ser quase nula. Quem não foi, talvez tenha perdido a última oportunidade de vê-los juntos e ao vivo.





    28/10/2009

    Olha quem virou boneca!

    Vi no Twitter da @Ju_Angel e fiquei louca! As cantoras Cyndi Lauper, Joan Jett e Debbie Harry vão virar bonecas. Barbies!

    Trata-se da linha de bonecas chamada "Ladies of the 80s" (Moças dos anos 80), que a Mattel pretende lançar em dezembro deste ano, nos EUA.

    De acordo com o G1, as bonecas custarão, em média, US$50. Por enquanto, parece que não há previsão para venda no Brasil. Enquanto isso, babemos:


    Debbie "Barbie" Harry

    Adorei a bonequinha da Debbie Harry, ex-vocalista do Blondie. Tão linda, musa e poderosa quanto a sua versão em carne e osso. É a minha preferida.

    Justificar

    Joan "Barbie" Jett

    Taí uma coisa engraçada. Joan Jett, lésbica, um ícone do movimento feminista e ídola das adeptas do Riot Grrrl virar Barbie. Mas a bonequinha dela ficou linda. Será que vem com a guitarrinha ou será comprada separadamente?




    Cyndi "Barbie" Lauper

    Deveria ser a melhor boneca de todas, mas esse visual clássico/moderado não combinou. Mattel, né? Cyndi merece algo mais escalafabético. Mais glam! Mais tosco! Mais brega! Mais, sei lá... Cyndi Lauper. Não gostei muito.


    E vocês? Gostaram de qual? Qual artista merecia virar boneca também?