
Não foi coerente, no entanto, o discurso vir de um ator que está no elenco do filme Casa da Mãe Joana, com direção de Hugo Carvana. O filme é engraçado e, com exeção da "geração Malhação", tem um elenco de primeira qualidade, juntando alguns dos melhores Globais como José Wilker (ótimo como o pilantra Juca), Paulo Betti (o gingolô PR), Antônio Pedro (Montanha) e o próprio Pedro Cardoso (Vavá). No entanto, peca pela putaria gratuita! Rá!
Para a sinopse. Juca, Vavá, PR e Montanha são uns vagabundos que ganham dinheiro roubando e dando golpes por aí. No momento em que Vavá engana seus amigos-comparsas, Juca, Vavá e PR enfrentam diversas desventuras. Quando eles pensam que se deram bem herdando um apartamento de uma ex-namorada explorada por PR, descobrem que a morta deixou o apartamento cheio de contas atrasadas e o oficial de Justiça anuncia que os três amigos serão despejados em um mês.
Os vagabundos se descabelam ao entenderem que agora teriam que trabalhar. Mas os empregos que arranjaram são, digamos, discutíveis. Juca vira "babá" de uma bicha velha e rica (maravilhosamente bem interpretada por Agildo Ribeiro). PR vira prostituto e Montanha volta à vida de escritor assombrado por seu alterego Dolores Sol (interpretada simpaticamente e nada mais do que isso por Juliana Paes).
Tudo bem que o nome do filme é Casa da Mãe Joana, uma expressão que remete à casa das prazerosas titias, mas e o manifesto do Pedro Cardoso, minha gente? Por exemplo, Tainacã (Fernanda Freitas), filha esquisita de Juca, chega à casa dos marmanjos e começa a desfilar de calcinha. A partir dali é uma sessão de barrancos para lá e para cá. A explicação para o jeito "a vontade" da menina na casa de um bando de homens: ela viveu ''naturebamente'' com uma tribo de índios. Tá! Lembrou-me das pornochanchadas, quando a nudez aparecia do nada no roteiro; a atriz chegava na cena e comentava, sei lá, "como este chão está sujo" e começava a tirar a roupa.
Para mim, os peitinhos e os barrancos foram criticados por Pedro Cardoso. E os três estavam juntos, enquadrados na mesma cena. O filme é um bom entretenimento e vale mais pelo elenco (esqueci de falar da Laura Cardoso como a mãe moribunda de PR, sensacional) do que pelo roteiro. Ah, e pela direção de Carvana também.
Um comentário:
Coincidências ou não, assisti a este filme sábado! Senti falta de mais comédia, podiam ter feito mais graça do que mostrar tanta "sacanagem". E realmente sensacional, foi a atuação de Laura Cardoso com aquele bisturi! rs!
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