E os ingressos para os shows do Cranberries no Brasil começaram a ser vendidos hoje. A pré-venda vai até o dia 3 de dezembro de 2009. Durante esses dias, apenas clientes da Credicard, Diners e Citibank poderão comprar as entradas,
A partir do dia 4 de dezembro, as vendas serão liberadas nos pontos de vendas credenciados e bilheterias das casas de shows.
Os rumores foram confirmados! A Reunion Tour do Cranberries vai mesmo passar pelo Brasil. De acordo com o site oficial da banda, estão agendados shows no Rio de Janeiro (28/01), São Paulo (29/01), Belo Horizonte (31/01) e Porto Alegre (03/02).
A turnê na América Latina terá início no dia 26 de janeiro, com uma apresentação no Chile. Depois do Brasil, a banda segue para Argentina, Peru, Venezuela e México. Em março, a banda finaliza a tour na Europa. Atualmente, o Cranberries está na correria, excursionando pela América do Norte. O set list? Como um bom revival, só clássicos. Clique aqui e veja as músicas que foram tocadas no show de 3ª feira passada, na Filadélfia.
O Cranberries, para quem não sabe, deu uma “pausa” em suas atividades em 2003. A banda, que estava na ativa desde 1990, jamais tocou no Brasil. Dolores, no entanto, já apresentou seu show solo no país. Em entrevista ao The New York Times,reproduzida pelo site do UOL, a vocalista diz que a banda não tem pressa em gravar um novo álbum e que a atual turnê seria uma forma de comemorar o 20º aniversário do Cranberries.
Os anos 90 voltaram!
Dolores O'Riordan e os demais integrantes da formação original desembarcam no Brasil dois meses após o Faith No More realizar o seu revival The Second Coming Tour, nas mesmas quatro cidades onde Cranberries irá trocar.
Assim como o Cranberries, o Faith No More também comemora, em turnê, um 20º aniversário: o do lançamento do clássico The Real Thing, terceiro disco da banda (o primeiro com o vocalista Mike Patton) que faria o sucesso da banda.
Se esses revivais são mesmo para comemorar aniversários ou se são caça-níqueis, pouco importa para os fãs. Se a banda continua afiadíssima no palco fizer valer cada centavo do ingresso com uma volta cheia de dignidade, por que não?
Mais informações sobre o show do Cranberries no Brasil
28/01/10 – Rio de Janeiro - Local: Citibank Hall
29/01/10 – São Paulo - Local: Credicard Hall
31/01/10 – Belo Horizonte - Local: Chevrolet Hall
03/02/10 – Porto Alegre - Local: Pepsi On Stage
As vendas começam dia 25/11/2009. Os preços dos ingressos ainda não foram divulgados
Enquanto 2010 não chega, "bora" ver o que só os norte-americanos e canadenses viram.
O Faith No More encerrou no último domingo, em Belo Horizonte, a sua passagem pelo Brasil. Depois de quatro shows (Porto Alegre, no dia 3; Rio de Janeiro, dia 5; São Paulo, dia 7; e Belo Horizonte, 9 de novembro), a impressão que ficou foi a de que a banda jamais deixou de ter aquela vibe de 1991, quando fez história no Rock In Rio II.
Foto: Rafaela Freitas
Mike Patton e Billy Gould (ao fundo) durante show fo Faith No More em Belo Horizonte
O Chevrolet Hall não estava completamente lotado, mas o público pagante do Faith No More talvez tenha sido um dos melhores em um show internacional de rock na casa. Três tentos. A acústica do ginásio – que não costuma ser boa – não comprometeu dessa vez, embora, em certas músicas, a guitarra do Jon Hudson parecesse estar mais alta do que os demais instrumentos. Pelo menos, não houve qualquer indício de microfonia. Avance duas casas.
No lugar e na hora errados estava a banda mineira monno (assim, em caixa baixa), que, musicalmente falando, nada tinha a ver com a banda principal da noite. Não empolgaram o público, afinal, a noite era do FNM. Só deles. Volte para o início.
Eram quase 21h quando as luzes se apagaram. Celulares e câmeras em mãos. Era o Faith No More indo para o palco. O público tentava adivinhar qual seria a música de abertura: Reunited ou a instrumental Midnight Cawboy? Foi a segunda. De acordo com o setlist “padrão”, a próxima música seria From Out Of Nowhere e todos já estavam preparados para cantar com Mike Patton pela primeira vez. Eis que o bumbo da bateria de Mike “Puffy” Bordin anunciava a primeira surpresa da noite: The Real Thing, música que tinha sido cortada dos últimos setlists. Gol do Faith No More. E que golaço! O público começou a vibrar, a chorar e se abraçar. Pelo jeito, The Real Thing é a música favorita de muita gente, e não só dessa pessoa que vos escreve.
O público não cantava, mas gritava cada palavra deThe Real Thing. Em seguida, mais duas porradas: Land of Sushine e Caffeine. Mas não antes de Mike Patton se dirigir pela primeira vez ao público, dizendo, em português: “Boa noite, Horizonte... Belo!”. Para descansar, uma baladinha. Mike Patton, aproveitando a derrota do Atlético-MG para o Flamengo, fez questão de “dedicar” a versão em português deEvidence, ao time de coração do seu grande amigo Paulo Junior (baixista do Sepultura), que também estava no show. Em português, disse, ironicamente, “tristeeeeza”, arrancando risadas não só de cruzeirenses, como também de atleticanos. Afinal, não dá para ficar “de mal” do Psicopatton.
O primeiro grande mosh foi formado em seguida: Surprise! You're Dead!. Para acalmar um pouco os ânimos, uma menos pauleira: Last Cup of Sorrow (cujo clipe é baseado no filme Vertigo, de Alfred Hitchcock). Graças aos chilenos, o Faith No More adicionou a sensacional Ricochet, do álbum “loucão” King for a Day... Fool for a Lifetime, aos setlists da tour sulamericana, inclusive o de BH.
Roddy Bottum dedilha no teclado o famoso cover do Lionel Ritchie e The Commodores,Easy. O público cantou com eficiência, mas nada de histeria. De fato, era um show só para fãs, que não costumam morrer de amores por essa música. Ao contrário de Epic, que foi esbravejada por todos, com muito gosto.
Em seguida, outra pauleira: Midlife Crisis, com direito à galera cantando sozinha o refrão. Na pausa, Mike Patton perguntou se o público queria ouvir “Like a Virgin” da Madonna. Recebeu um sonoro “NÃÃÃOO”, infelizmente (Vão me dizer que não ia ser demais?).
Mais um momento relax. Patton pega um chocalho para tocar durante a “bossa-nova” Caralho Voador,emendando com a música "Ela é Carioca". Ao contrário do “Ela é Paulista”, em São Paulo, Mike não arriscou um “Ela é mineira”. Hora de The Gentle Art of Making Enemiese mais alguns moshes.
King for a Day anunciava não só o fim iminente do show, como também os primeiros gritos coletivos de “Porra, Caralho!” promovidos pelo incansável Patton. Até que, em Ashes to Ashes, o “Porra, Caralho” do público funcionou como uma espécie de sample. A banda começou a se despedir. Patton diz que aquele era o último show que o FNM faria no Brasil. Não sabendo se ele se referia à atual turnê ou se era um aviso de que a banda não iria mais continuar na estrada após The Second Coming, o público não perdeu tempo e gritou outro sonoro “Nãããoooo”, arrancando risadas do vocalista que, em português, finalizou “É verdade!”.
Tocaram Just a Man. Durante oito minutos, Patton orquestrava coreografias com o público. Saíram do palco. Depois de menos de cinco minutos de gritos de “Porra, Caralho”, “Faith No More” e “Falling to Pieces”, a banda retorna ao palco para tocar Stripsearch, com direito à abertura de Chariots Of Fire e mais sample com palavrão. Fecharam a noite com a outra surpresa: Mark Bowen, raramente tocada nesta tour. O programado segundo bis, com a clássica We care a lot, não veio. Informações não confirmadas dão conta de que o tempo do show estava para ultrapassar o que havia sido combinado no contrato com a casa de shows. Dessa forma, a banda não pôde voltar para se despedir do público pela última vez.
Em suma: foi um show fantástico. A banda continua com o mesmo fôlego de antes. A cozinha de Billy e Puffy funciona de forma impecável e brutal. O teclado de Roddy emociona (quem não arrepia naquele final de Epic?). Jon Hudson, único integrante que não estava na banda durante a formação clássica que tocou no Brasil em 91 e 92, pode não ser o guitarrista favorito dos fãs - que preferem o “Big” Jim Martin - mas é um cara muito simpático e mostrou competência nos riffs e solos. E sobre o Mr. 1000 Voices Psicopatton, só se pode dizer uma coisa: existem bons vocalistas, existem frontmen, existem showmen e, em última instância, existe Mike Patton. Um cara tão inclassificável (e genial) quanto o próprio Faith No More.
O grande pesar dessa mini-tour brasileira foi que a banda deu a entender que The Second Coming trata-se de um projeto passageiro. Apesar de alguns “maybes”, a possibilidade de continuarem na estrada e gravarem novos trabalhos parece ser quase nula. Quem não foi, talvez tenha perdido a última oportunidade de vê-los juntos e ao vivo.
Os bons filhos à casa tornam. Agora quem inventou de voltar - em uma boa hora - foi o Faith No More, depois de um hiato de pouco mais de uma década.
A banda, liderada pelo excêntrico e talendosíssimo Raul Julia Mike Patton, já havia anunciado uma tour européia europeia no começo do ano. O primeiro show aconteceu em Londres, no mês de maio.
O segundo, em junho, no Download Festival, também na Inglaterra. Deem uma busca no Youtube por "Faith No More Download Festival" para verem se não é para ficar feliz com esse retorno.
Li na coluna do Andreas Kisser que o Sepultura irá abrir, em outubro, o show do Faith No More no Chile. Não custa nada Patton e trupe estenderem a viagem pela América do Sul e darem uma passadinha aqui no Brasil.
Para celebrar a volta triunfal do FNM, seguem abaixo dois vídeos do Download Festival. Dois clássicos da banda.
"The Voca People" é um grupo em que seus integrantes usam apenas suas vozes para dar vida às músicas. Dizem que suas apresentações são sensacionais e sempre muito concorridas.
Vejam abaixo um vídeo onde eles cantam sucessos de várias épocas e estilos! Tudo sem nenhum tipo de instrumento musical ou qualquer tecnologia!
Queria eu ter voz semelhante!
Infelizmente não achei informações de onde eles são. Se alguém souber compartilhe conosco a informação!
Fábio Roccini (*), fã da banda, escreve um diário de bordo especial para o Eu, Pop.
São quase 4 horas da manhã e cá estou eu, no saguão do Aeroporto da Pampulha esperando meu voo para o Rio de Janeiro após o meu último show da maratona Iron Maiden "Somewhere Back In Time Tour 2009" (eu ainda estou pensando se ainda rola o show de Brasilia).
Gostaria de agradecer o convite do Eu, Pop para escrever sobre o Iron - minha banda favorita. Mas muitos devem estar se perguntando o que o Heavy Metal tem a ver com o Pop. Eu respondo: se tratando da Donzela de Ferro, muito. Mas pop no bom sentido.
A minha amiga, jornalista e editora deste blog, Rafaela Freitas, em uma conversa (de bar ou de msn?) fez uma analogia boa que sempre reutilizo em minhas conversas de bar e msn: A relação entre fãs e a banda Iron Maiden é a mesma entre torcedores e o time de futebol: buscamos a banda no Aeroporto, gritamos o nome do mascote (Eddie, the head) e sabemos cantar todos os ''hinos'' dos mais de 30 anos de história do Iron. E tratamos cada música anunciada como um gol.
Nutrir uma paixão assim por uma banda é muito pop. As meninas da minha escola nutriam uma paixão pelo Menudo. Minha irmã pelos Backstreet Boys. E eu pelo Iron. A diferença? A paixão pelo Iron já dura 29 anos. Desde 1980, quando lançaram o disco homônimo. Época em que os futuros integrantes de boysband ainda arranhavam a garganta em corais de Igreja plebisteriana.
Mas vamos aos shows? A turnê "Somewhere Back In Time" contempla apenas as músicas dos seis primeiros álbuns da banda que, convenhamos, são os melhores. Neste ano, a banda esticou sua estadia no Brasil pousando em cidades "atípicas" quando se tratam de grandes shows: BH, Manaus e Refice.
Fui ao show do Rio. Impecável, como sempre. Embora seja fluminense, gostei mais dos shows de SP e BH. São Paulo porque é São Paulo. Como tudo acontece melhor por lá, mesmo com atraso de mais de uma hora e chuva. E BH, mesmo com a acústica cagada do Mineirinho, valeu pela expectativa dos fãs mineiros que esperaram, por 29 anos, essa oportunidade. Valeu pelo carinho retribuido pelo Iron Maiden. Ponto alto do show de BH: Bruce Dickinson tocando "Alexander the Great" no apito a pedido da galera. Matou muitos fãs, ao redor do mundo, de inveja.
Iron faz o Heavy Metal ser pop. Mesmo sendo seis cinquentões em cima do palco, nos sentimos um bando de adolescentes descobrindo o rock pela primeira vez. Iron faz bagunça. Bruce é um showman que consegue ter o público nas mãos durante 1h30 de show. Bruce, que também pilota o avião da banda durante as turnês é solidário: em 2008 resgatou turistas ingleses que foram "abandonados" pela empresa área. Nicko McBrain é um "velhinho" simpático, como disse minha mãe.
Iron pára uma cidade inteira simplesmente por serem Iron. A banda é pop e mesmo assim nós, headbangers,morremos de orgulho por termos esse vício chamado Iron Maiden. Termino aqui. Embarco agora de volta para Niterói. Hora de voltar à vida real.
(*) Fábio Roccini é advogado, mas gostaria de ter ser repórter da Rolling Stone na década de 70. É fluminense de Niterói, mas radicado no boêmio bairro de Santa Tereza, Belo Horizonte. Tem 27 anos, 24 deles dedicados ao Iron Maiden, acreditem se quiser. Após 5 meses sem merendar na escola, tatuou o Eddie na perna, aos 16 anos, escondido dos pais.