
Já outras produções querem chocar mostrando cenas de puro sexo hardcore que vulgarizam a questão gay, reafirmando, sem querer querendo, o estereótipo do homossexual promíscuo. A cinebiografia do ativista Harvey Milk, no entanto, consegue homogeneizar (ops, foi mal o trocadilho) esses dois caminhos.
As (muitas) cenas românticas não seriam nada de mais caso fossem interpretadas por um casal hetero. Direitos iguais? As mesmas cenas de amor para heteros e homossexuais no cinema? O verdadeiro Harvey Milk ficaria orgulhoso do roteirista Dustin Lance Black e do diretor Gus Van Sant por terem o retratado de maneira tão justa como foi a causa pela qual morreu o ativista.
Um dos grandes trunfos de Van Sant foi conseguir dar um quê documental ao filme ao inserir imagens verídicas (fotografias e reportagens televisivas da época, por exemplo) em seu longa. E claro que não podemos nos esquecer de mais uma interpretação visceral de Sean Penn, um dos grandes responsáveis pela grandeza do filme. Falando em interpretação, também vale frisar o notável trabalho de Emile Hirsch, que interpreta o ativista Cleve Jones. Hirsch, que vem arrancando elogios de críticos desde sua a atuação em Na Natureza Selvagem (dirigido por Sean Penn, inclusive), aparece como uma promessa de um grande ator em um futuro próximo.
Milk – A Voz da Igualdade ganhou dois Oscars (Melhor Ator, para Sean Penn e Melhor Roteiro Original). Para quem ainda não viu, segue o trailer.
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